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A importância do 2º Cérebro.


Um dia perguntaram-me que legado gostaria de deixar em Psicologia, o que gostaria que as pessoas falassem quando mencionavam o meu nome e esta foi uma excelente questão que me fez pensar mais profundamente. Nesse sentido, o legado que quero deixar é o estudo da relação entre cérebro e intestinos e o impacto que tem na nossa psique (Mente) revelando factos interessantes que ajudam a explicar a sua importância. Então vamos a isto.


Somos aquilo que pensamos… e será que somos também o que comemos? Apesar dos estudos científicos não serem muitos neste aspecto, atrevo-me a concordar com isso. De forma indirecta, o que comemos influencia a criação de um neurotransmissor particularmente especial quando se fala de saúde mental, a serotonina. Segundo estudos recentes, 90% da serotonina tem origem nos intestinos, e estes começam a ser apelidados de segundo cérebro, e porquê? A razão parece simples, aquando da ingestão de alimentos, o intestino humano faz a absorção dos vários nutrientes nas mucosas da parede intestinal e quanto mais equilibrada e saudável for a alimentação (i.e. rica em gorduras saudáveis, baixa em hidratos de carbono e proteína animal) mais serotonina é criada. Em última análise, a alimentação saudável, equilibrada, de acordo com o tipo de sangue ou de intolerância a alimento(s), é sinónimo de maior disponibilidade fisiológica para alegria, motivação, perseverança e optimismo porque tudo isto está relacionado com a felicidade (serotonina).


Pesquisas explorando a ligação entre dieta e saúde mental que segundo Michael Berk, professor de psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade Deakin, na Austrália é um campo muito novo sendo que os primeiros artigos só foram lançados há alguns anos, mas os resultados são incomumente consistentes e mostram uma ligação entre a qualidade da dieta e a saúde mental. Elaine Gordon, uma especialista em educação em saúde certificada, oferece escolhas para tudo, do café da manhã à sobremesa. Disse esta especialista que a “qualidade da dieta refere-se aos tipos de alimentos que as pessoas comem, com que frequência as comem e quanto comem". Em vários estudos, incluindo uma análise de 2011 de mais de 5.000 noruegueses, Berk e seus colaboradores encontraram taxas mais baixas de depressão, ansiedade e transtorno bipolar entre aqueles que consumiram uma dieta tradicional de carne e vegetais do que entre pessoas que seguiram uma dieta ocidental moderna com alimentos processados ​​e rápidos ou até uma dieta saudável de tofu e saladas.


Os estudos mais recentes indicam uma “via de dois sentidos” que acontece entre os intestinos e o que acontece no cérebro, dai a importância da dieta devido à produção da serotonina cujo papel principal desempenhado é a regulação de humor, assim sendo, relaciona-se directamente com a depressão que é uma perturbação de humor. Linda Lee, directora do centro de Medicina Integrativa e Digestiva Johns Hopkins, disse que as pesquisas recentes apontam para bactérias como possíveis intermediários entre cérebro e intestinos. As bactérias intestinais são conhecidas por produzir a maior parte da serotonina do corpo, uma das várias substâncias químicas que regulam o humor. Mas como entram essas bactérias na corrente sanguínea? Uma vez mais, tudo acontece nos intestinos, vejamos como de forma simples. Quando ingerimos alimentos acidificantes ou intolerados por nós, as paredes (mucosas) do intestino ficam com feridas, essas feridas abrem pequenas fendas e assim as bactérias entram na corrente sanguínea.


Mais estudos são precisos para algumas pessoas mais cépticas sobre este assunto, há cada vez mais evidência científica da relação entre os alimentos que ingerimos e a produção de serotonina. Da minha parte, sempre que este tema for caso de actualização eu partilharei esses dados, porque o meu tipo de abordagem nas consultas de psicologia é holístico, isto é, procuro saber como aquela pessoa funciona num todo e não somente numa parte pois a interligação interna entre mente-corpo-espírito é, quanto a mim, de vital importância pois se não mudarmos como pessoas não nos curamos totalmente e nós somos um todo, uma pessoa.


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